Sophia de Mello Breyner Andresen
Revolução
Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta
Como chão varrido
Como porta aberta
Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
27 de Abril de 1974
Sophia de Mello Breyner
Andresen (2000). «Revolução». In: Cem Poemas de Sophia. Lisboa:
Visão/Jornal de Letras, p. 94.
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