segunda-feira, 21 de maio de 2012


SONNET 130 - William Shakespeare

My mistress' eyes are nothing like the sun;
Coral is far more red than her lips' red;
If snow be white, why then her breasts are dun;
If hairs be wires, black wires grow on her head.
I have seen roses damask'd, red and white,
But no such roses see I in her cheeks;
 
And in some perfumes is there more delight
Than in the breath that from my mistress reeks.
I love to hear her speak, yet well I know
That music hath a far more pleasing sound;
I grant I never saw a goddess go;
My mistress, when she walks, treads on the ground:
   And yet, by heaven, I think my love as rare
   As any she belied with false compare.
 

Fonte: William Shakespeare (s.d.). “Sonnet 130”. Disponível em: http://www.shakespeare-online.com/sonnets/130.html (consultado a 20 de Maio de 2012).



Soneto 130 de William Shakespeare (Trad. Ana Luísa Amaral)

O olhar da minha amada não se compara ao sol,
Mais carmim é o coral que os seus lábios carmim.
Se a cor da neve é alva, mortiço é o seu colo,
Se os cabelos são fios, fio negro o seu cabelo.
Vi rosas de Damasco cor de carmim e alvas,
Mas não nas suas faces vejo eu rosas tais,
E há em certos perfumes prazeres tantos e mais
Dos que, em hálito seu, a minha amada exala.
Adoro a sua voz, contudo, sei-o bem
Que a música possui um som muito mais belo.
Juro que nunca vi uma deusa a passar –
Quando anda, a minha amada caminha sobre o solo.
E contudo, por Deus, tão raro é o meu amor
Quanto os que ela desmente em falso cotejar.

Fonte: William Shakespeare (s.d.) “Soneto 130” (Trad. Ana Luísa Amaral). Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4217.pdf (consultado a 20 de Maio de 2012).


Página Paralela:

Soneto 103 de William Shakespeare lido por Alan Rickman




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