João Garcia de Guilhade
Ai dona fea,
fostes-vos queixar
que vos
nunca louv'en[o] meu cantar;
mais ora
quero fazer um cantar
em que vos loarei todavia;
e vedes como
vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se
Deus mi pardom,
pois havedes
[a]tam gram coraçom
que vos eu
loe, em esta razom
vos quero já
loar todavia;
e vedes qual
será a loaçom:
dona
fea, velha e sandia!
Dona fea,
nunca vos eu loei
em meu
trobar, pero muito trobei;
mais ora já
um bom cantar farei
em que vos
loarei todavia;
e direi-vos
como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
Fonte: João Garcia de Guilhade (s.d.). “Ai dona fea,
fostes-vos queixar”. Cantigas Medievais Galeco-Portuguesas. Disponível em: http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=1520&tamanho=13
(consultado a 20 de maio de 2012).
Página Paralela: Versões manuscritas desta cantiga de escárnio e maldizer
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