Seda líquida cristalina
Que lhe escorre pelos dedos
Ávidos, na sua ignorância impaciente
Agora nos antebraços, o Amor flui, premente
Desesperado: - Sou teu...
Ela não compreende.
Deixou cair a cabeça sobre os pulsos
E os lábios tocaram a seiva mensageira
Não pôde evitar um sorriso
Semicerrou os olhos
E uma lágrima, apenas húmida, juntou-se ao Amor...
Sem pressa, esquecida e já esclarecida.
Então, ela beijou de levezinho
A boca do homem agarrado a si
Quis tranquilizá-lo
Quis tranquilizar-se também
A coragem aprisionou-lhe a dúvida
A razão chamou eterno ao Amor
Só então respondeu: - Sim... Sim, és meu.
Célia Mestre, 1995 (Inédito)
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