quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os Vampiros
No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada  
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada  
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada  
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada  
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]

Recorde esta versão original (1963).

Pode também visionar a versão do último concerto de Zeca Afonso, no Coliseu (29. 01.1983):

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