Manuel António Pina (2009). "O sorriso". In O cavalinho de pau do Menino Jesus e outros contos de Natal. Porto: Porto Editora: pp. 5-10
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Maria Keil
Maria Keil, sobre A noite de Natal de Sophia de Mello Breyner Andresen. Fonte da imagem neste endereço. |
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Autran Dourado (1926-2012)
Foto
Excerto de A Barca dos Homens
Foto
Excerto de A Barca dos Homens
Nove horas da manhã e o dia já
quente. A praia fervilhava de gente, as barracas de lona coloriam de vermelho,
azul e amarelo a areia faiscante. A água deve estar gostosa, friinha até
acostumar. Godofredo, vamos à praia? gritou ela para o marido. Ele custou a
responder. Se você quiser. Sempre assim, fazia-se de rogado. Ela não gostava de
pensar no carácter do marido, se exasperava. Como custou a conhecê-lo. Algumas
pessoas a gente conhece logo, diz logo se têm medo, se são covardes, se têm
força, um por um. Outras, a vida inteira não se manifestam, para sempre
apagadas. Tinha para si algumas qualidades fundamentais ao homem: coragem, uma
delas, a brutalidade talvez, a força diante da morte. Ela pensava em termos de
morte, em termos definitivos. A vida não lhe dava nada daquilo. Não é
reflectindo que o homem se descobre, pensou ela altamente filosófica. Há muitas
coisas escondidas dentro do homem, que o pensamento jamais descobrirá. Os
homens necessitam de espelho para se verem. Ou de uma acção qualquer, de uma
luta qualquer. A vida lhe revelara um triste Godofredo. Vendo-o, ninguém diria,
hem, meu pai?
Lembrava-se
dos primeiros tempos, quando conhecera Godofredo. Ele gostava de dizer o
próprio nome. Não havia de ser Godofredo Cardoso de Barros que ia fazer aquilo.
Não com Godofredo Cardoso de Barros. No fundo, Maria acarinhava a vaidade de se
saber mais inteligente do que ele, mas gostava de vê-lo emitir opiniões
definitivas. Ele tinha força, seus braços eram firmes quando lhe apertavam a
cintura. E as mãos sem delicadeza lhe apalpando os seios? Amava-o,
emprestava-lhe qualidades excepcionais. Godofredo trabalhava num banco, ganhava
bem, começava a fazer alguns negócios, lia os seus livros, e sobretudo tinha
opiniões. Um homem com opiniões é gozado. Ela ria como se estivesse brincando.
Assim ela o acompanhava com uma seriedade fingida, feliz. Ele era o cabeça de
casal. Sobretudo tinha opiniões. Maria provocava-o para vê-lo falar, para comer
com os olhos os lábios grossos deitando palavras que possuíam existência real,
como pedaços de carne, por mais abstractas que fossem. Era mesmo gozado ter ao
lado um homem que tinha opiniões, que explicava as coisas. Godofredo. Deitava a
cabeça nos seus ombros, não prestava muita atenção ao que ele dizia, só o
barulho do peito, a voz que queria se fazer firme.
Não havia de ser Godofredo Cardoso de Barros,
repetia ela agora rindo interiormente, descobrira o ridículo de situações que
antes admirava. A mocidade nunca é ridícula, hem, meu pai? Godofredo ali
estava, mais velho, uma pessoa inteiramente diferente daquela que ela amara. De
calção de banho, as pernas peludas, o peito peludo, a cabeça grande e peluda.
No quarto ao lado.
Autran Dourado (1975). A
Barca dos Homens. Amadora: Livraria Bertrand. pp. 31-32.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Wislawa Szymborska (1923-2012)
Foto
Foto
Wislawa
Szymborska (2006). Instante. (Elzbieta
Milewska e Sérgio Neves, Trad.).
Lisboa: Relógio d’Água Editores. pp. 28-29.
Páginas paralelas:
Wislawa Szymbroska: The Nobel Prize in Literature 1996 at Nobelprize.org
- Poetry
- Biography
- Nobel lecture
Wislawa Szymbroska: The Nobel Prize in Literature 1996 at Nobelprize.org
- Poetry
- Biography
- Nobel lecture
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Tony Scott (1944-2012)
Foto: The Guardian
Top Gun (1986) original trailer
Spy Game (2001) original trailer
Foto: The Guardian
Top Gun (1986) original trailer
Spy Game (2001) original trailer
Páginas paralelas:
Video: Tony Scott’s commercial for Saab at TopGear (BBC)
More commercials by Tony Scott here
Interview video: Tony Scott in 2009: 'I function off fear' (The Guardian)
Tony Scott: a career in pictures (The Guardian)
Video: Tony Scott’s commercial for Saab at TopGear (BBC)
More commercials by Tony Scott here
Interview video: Tony Scott in 2009: 'I function off fear' (The Guardian)
Tony Scott: a career in pictures (The Guardian)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Millôr Fernandes (1923-2012)
Foto: Época
Enterrem meu corpo em qualquer lugar.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossêgo
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre fôlhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos
(Como eu).
E como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a laje do meu túmulo
Com a raiz poderosa
haja a vaga impressão
De que não estou na morada.
Não sairei, prometo.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Ficarei entre ratos, lagartos,
Sol e chuvas ocasionais,
Estes sim, imortais
Até que um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr.
Millôr Fernandes (1967). Papáverum Millôr. Guanabara: Editora Prelo. p. 13.
(Autobiografia De Mim Mesmo À Maneira De Mim Próprio)
Disponível aqui
Foto: Época
Poeminha:
Última Vontade
Millôr
Fernandes
Enterrem meu corpo em qualquer lugar.
Que não seja, porém, um cemitério.
De preferência, mata;
Na Gávea, na Tijuca, em Jacarepaguá.
Na tumba, em letras fundas,
Que o tempo não destrua,
Meu nome gravado claramente.
De modo que, um dia,
Um casal desgarrado
Em busca de sossêgo
Ou de saciedade solitária,
Me descubra entre fôlhas,
Detritos vegetais,
Cheiros de bichos mortos
(Como eu).
E como uma longa árvore desgalhada
Levantou um pouco a laje do meu túmulo
Com a raiz poderosa
haja a vaga impressão
De que não estou na morada.
Não sairei, prometo.
Estarei fenecendo normalmente
Em meu canteiro final.
E o casal repetirá meu nome
Sem saber quem eu fui,
E se irá embora
Preso à angústia infinita
Do ser e do não ser.
Ficarei entre ratos, lagartos,
Sol e chuvas ocasionais,
Estes sim, imortais
Até que um dia, de mim caia a semente
De onde há de brotar a flor
Que eu peço que se chame
Papáverum Millôr.
Millôr Fernandes (1967). Papáverum Millôr. Guanabara: Editora Prelo. p. 13.
(Autobiografia De Mim Mesmo À Maneira De Mim Próprio)
"E
lá vou eu de novo, sem freio nem pára-quedas. Saiam da frente, ou debaixo que,
se não estou radioativo, muito menos estou radiopassivo. Quando me sentei para
escrever vinha tão cheio de idéias que só me saíam gêmeas, as palavras —
reco-reco, tatibitate, ronronar, coré-coré, tom-tom, rema-rema,
tintim-por-tintim. Fui obrigado a tomar uma pílula anticoncepcional. Agora
estou bem, já não dói nada. Quem é que sou eu? Ah, que posso dizer? Como me
espanta! Já não fazem Millôres como antigamente! Nasci pequeno e cresci aos
poucos. Primeiro me fizeram os meios e, depois, as pontas. Só muito tarde
cheguei aos extremos. Cabeça, tronco e membros, eis tudo. E não me revolto. Fiz
três revoluções, todas perdidas. A primeira contra Deus, e ele me venceu com um
sórdido milagre. A segunda com o destino, e ele me bateu, deixando-me só com
seu pior enredo. A terceira contra mim mesmo, e a mim me consumi, e vim parar
aqui.”
[…]
“A esta altura da vida,
além de descendente e vivo, sou, também, antepassado. É bem verdade que, como
Adão e Eva, depois de comerem a maçã, não registraram a idéia, daí em diante
qualquer imbecil se achou no direito de fazer o mesmo. Só posso dizer, em abono
meu, que ao repetir o Senhor, eu me empreguei a fundo. Em suma: um humorista
nato. Muita gente, eu sei, preferiria que eu fosse um humorista morto, mas isso
virá a seu tempo. Eles não perdem por esperar.”Disponível aqui
Páginas Paralelas:
Veja alguns cartoons de Millôr Fernandes em A convicção da dúvida.
E os textos publicados na Folha de S. Paulo.
Veja alguns cartoons de Millôr Fernandes em A convicção da dúvida.
E os textos publicados na Folha de S. Paulo.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Páginas Paralelas:
Antoni Tàpies: Biografia - Fundació Antoni Tàpies
Alfabet Tàpies, documentário da ALEA TV, dirigido por Daniel Hernández (2003) no vimeo
Antoni Tàpies on ArtCyclopedia
"Antoni Tapies: A definite stir within the art world". The Prisma (2012)
Antoni Tàpies: Biografia - Fundació Antoni Tàpies
Alfabet Tàpies, documentário da ALEA TV, dirigido por Daniel Hernández (2003) no vimeo
Antoni Tàpies on ArtCyclopedia
"Antoni Tapies: A definite stir within the art world". The Prisma (2012)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Antonio Tabucchi (1943-2012)
Foto disponível em Il Journal
Foto disponível em Il Journal
“A distância que separa os vivos os mortos é assim tão
grande?”
(Antonio Tabucchi, O Fio do Horizonte, p.10)
[excerto de O Fio do Horizonte)
Pegou então na folha
sobre a qual tinha escrito a interrogação sobre Hécoba e pendurou-a com uma
mola na corda da roupa do terraço, voltou a sentar-se na mesma posição em que
estava e olhou para ela. A folha esvoaçava como uma bandeira batida pela brisa
forte, era uma mancha clara e crepitante contra a noite que ia caindo.
Contentou-se em ficar a olhar para ela, estabelecendo de novo um nexo entre aquela
folha que se agitava na penumbra e o fio do horizonte que a pouco e pouco se
desvanecia no escuro. Levantou-se lentamente porque se apoderara dele um grande
cansaço: mas era um cansaço calmo e pacífico que o levava para a cama pela mão
como se voltasse a ser criança.
E de noite teve um
sonho. Era um sonho que já não aparecia há anos, muitos anos. Era um sonho
infantil, e ele era leve e inocente; e a sonhar tinha curiosamente a
consciência de ter reencontrado aquele sonho, e isso aumentava a sua inocência,
como uma libertação.
Antonio Tabucchi (1997). O Fio do Horizonte.
(Helena Domingos, Trad.). Lisboa: Quetzal
Editores. p.83.
Páginas Paralelas:
Antonio Tabucchi at the complete review
Antonio Tabucchi na Biblioteca Nacional de Portugal
O Livro do Dia na TSF: o último de Tabucchi - O Tempo Envelhece Depressa (D. Quixote, 2012)
Antonio Tabucchi at the complete review
Antonio Tabucchi na Biblioteca Nacional de Portugal
O Livro do Dia na TSF: o último de Tabucchi - O Tempo Envelhece Depressa (D. Quixote, 2012)
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Joaquim Benite (1943-2012)
Foto disponível no sítio do Teatro Municipal de Almada
Cena de A Mãe, de Bertolt Brecht (1931), numa produção do Teatro Municipal de Almada, com encenação de Joaquim Benite (janeiro de 2010)
Informação sobre esta produção
Foto disponível no sítio do Teatro Municipal de Almada
Cena de A Mãe, de Bertolt Brecht (1931), numa produção do Teatro Municipal de Almada, com encenação de Joaquim Benite (janeiro de 2010)
Informação sobre esta produção
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Oscar Niemeyer (1907-2012)
Foto: The Guardian
“Suor, sangue e pobreza marcaram a história desta América Latina tão desarticulada e oprimida. Agora urge reajusta-la num monobloco intocável, capaz de fazê-la independente e feliz.” (Oscar Niemeyer)
Saiba mais sobre o Memorial da América Latina aqui.
Foto: The Guardian
A Mão, no Memorial da América Latina, em S. Paulo,
conjunto arquitetónio desenhado por Niemeyer (1989)
Foto: Disponível em Prix
“Suor, sangue e pobreza marcaram a história desta América Latina tão desarticulada e oprimida. Agora urge reajusta-la num monobloco intocável, capaz de fazê-la independente e feliz.” (Oscar Niemeyer)
Saiba mais sobre o Memorial da América Latina aqui.
Páginas Paralelas:
A obra de Oscar Niemeyer em fotos - disponível no sítio da TSF
O Museu Oscar Niemeyer em Curitiba
A obra de Oscar Niemeyer em fotos - disponível no sítio da TSF
O Museu Oscar Niemeyer em Curitiba
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Papiniano Carlos (1918-2012)
Foto: Universidade do Porto
Foto: Universidade do Porto
Renovação
Em cada dia morre um homem em mim.
Em cada dia nasce um homem em mim.
Só o itinerário é o mesmo, e isso decerto basta.
E eu tenho saudade dos homens que fui!
E eu anseio, espero os homens que serei!
Dia após dia, eu me renovo, sigo sempre.
Meus olhos de ontem não são meus olhos de hoje.
Um mundo morre, outro mundo nasce em cada dia.
Só o itinerário é o mesmo, e isso decerto basta.
Disponível em Cantigueiro
Páginas Paralelas:
Papiniano Carlos: Biografia disponível na página Web da Universidade do Porto
Papiniano Carlos (1991). A Menina Gotinha de Água. Ilustrações de Joana Quental. Porto: Campo das Letras.
Ficha disponível no sítio da Casa da Leitura
Livro disponível em PPT aqui
Do conto à ópera - A Menina Gotinha de Água no CCB em Setembro de 2012
Ópera infantil de Miguel Azguime, baseada no conto de Papiniano Carlos, pelo Coro Infantil da Universidade de Lisboa, sob a direção de Erica Mandillo, com narração de Ágata Mandillo
Papiniano Carlos: Biografia disponível na página Web da Universidade do Porto
Papiniano Carlos (1991). A Menina Gotinha de Água. Ilustrações de Joana Quental. Porto: Campo das Letras.
Ficha disponível no sítio da Casa da Leitura
Livro disponível em PPT aqui
Do conto à ópera - A Menina Gotinha de Água no CCB em Setembro de 2012
Ópera infantil de Miguel Azguime, baseada no conto de Papiniano Carlos, pelo Coro Infantil da Universidade de Lisboa, sob a direção de Erica Mandillo, com narração de Ágata Mandillo
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
João Dixo (1941-2012)
Fonte
Fonte
João Dixo
Fonte: Mar à vista...
"Bandeira Nacional"
Acrílico e colagem sobre tela
Grupo Puzzle: Albuquerque Mendes, Armando Azevedo, Carlos Carreiro, Dario Alves, Fernando Pinto Coelho, Graça Morais, Jaime Silva, João Dixo e Pedro Rocha)
Fonte: Machina Speculatrix
Páginas Paralelas:
João Dixo: Biografia em Pintura ou não?
"João Dixo: "Pinto por amor ao que faço" (entrevista) - Jornal de Notícias (2009)
"Anos 70 - Atravessar Fronteiras" - exposição promovida pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (2009) - referência ao Grupo Puzzle do qual João Dixo foi membro fundador - disponível em artecapital.
João Dixo: Biografia em Pintura ou não?
"João Dixo: "Pinto por amor ao que faço" (entrevista) - Jornal de Notícias (2009)
"Anos 70 - Atravessar Fronteiras" - exposição promovida pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (2009) - referência ao Grupo Puzzle do qual João Dixo foi membro fundador - disponível em artecapital.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Pedro Osório (1939-2012)
Foto: Carlos Manuel Martins / Global Imagens
Fonte: DN Artes
Pedro Osório, "O Beijo do Sol" (incluído no seu último álbum, Cantos da Babilónio), inspirado num conto tradicional do Quénia
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Adrienne Rich (1929-2012)
Photo: Gypsy P. Ray
Source: Poets.org
Adrienne Rich reading her poem "What kind of Times Are These?" at the Geraldine R. Dodge Poetry Festival
What Kind Of Times Are These?
by Adrienne Rich
There's a place between two stands of trees where the grass grows uphill
and the old revolutionary road breaks off into shadows
near a meeting-house abandoned by the persecuted
who disappeared into those shadows.
I've walked there picking mushrooms at the edge of dread, but don't be fooled
this isn't a Russian poem, this is not somewhere else but here,
our country moving closer to its own truth and dread,
its own ways of making people disappear.
I won't tell you where the place is, the dark mesh of the woods
meeting the unmarked strip of light —
ghost-ridden crossroads, leafmold paradise:
I know already who wants to buy it, sell it, make it disappear.
And I won't tell you where it is, so why do I tell you
anything? Because you still listen, because in times like these
to have you listen at all, it's necessary
to talk about trees.
Source: YouTube
Páginas Paralelas:
Adrienne Rich: Biography and more on Poets.org
Adrienne Rich: Biography & Bibliography - Poetry Foundation
Adrienne Rich on Poetry Everywhere
Five poems by Adrienne Rich (The Nation)
Adrienne Rich: Biography and more on Poets.org
Adrienne Rich: Biography & Bibliography - Poetry Foundation
Adrienne Rich on Poetry Everywhere
Five poems by Adrienne Rich (The Nation)
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
No ano da morte de Manuel António Pina, muitos foram os grandes criadores que nos deixaram.
Durante este final de ano queremos prestar-lhes a nossa humilde homenagem, como prova de gratidão por tudo o que nos deixaram de bom e de belo.
Manuel António Pina (1943-2012)
BASTA IMAGINAR
Basta imaginar
um pássaro para o aprisionar,
e depois imaginar o ar para o libertar
e imaginar asas para ele voar
e imaginar uma canção para ele cantar.
Manuel António Pina (2005). O Pássaro da Cabeça. Ilustrações de Joana Quental. Vila Nova de Famalicão. Quasi Edições. Publicado pela primeria vez em 1983, com colagens de Maria Priscila Soares (A Regra do Jogo, Ed.)
Leia o livro todo no sítio Cata Livros (Fundação Calouste Gulbenkian/Casa da Leitura)
Páginas Paralelas:
Museu da Imprensa presta homenagem a Manuel António Pina
Manuel António Pina (Infopédia)
Nova edição de O Pássaro da Cabeça, com imagens de Ilda David (Assírio & Alvim)
Museu da Imprensa presta homenagem a Manuel António Pina
Manuel António Pina (Infopédia)
Nova edição de O Pássaro da Cabeça, com imagens de Ilda David (Assírio & Alvim)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Vamos plantar uma árvore de palavras
Hoje, dia 3 de dezembro de 2012, “Uma página por dia” está fora de portas, de visita à Escola Secundária com 3º Ciclo Diogo de Gouveia, em Beja.
Com a exposição “Leituras”, em que o texto assume uma dimensão visual representativa de diferentes conceitos, tipos e vertentes da leitura, a Rede de Universidades Leitoras / Instituto Politécnico de Beja (RUL/IPBeja) lança as sementes da iniciativa “Vamos plantar uma árvore de palavras”, que tem como primeira escola parceira a ES3 Diogo de Gouveia. Integra a exposição a árvore de “Uma página por dia”, da autoria de Viviane Silva, docente do IPBeja. Este será o suporte da mostra de textos divulgados no âmbito desta ação da RUL/IPBeja em 2011 e 2012.
“Vamos plantar uma árvore de palavras” é uma iniciativa que pretende, como o título indica, ir semeando árvores de palavras que possam funcionar como incentivo à leitura e à escrita entre os alunos de escolas do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Cada escola construirá a sua árvore de palavras, onde serão expostos os textos e trabalhos de expressão artística dos alunos. Os melhores trabalhos serão também divulgados no blog http://plantararvorepalavras.wordpress.com/, que servirá ainda de repositório de recursos para os professores, nos domínios da leitura, da escrita e da criatividade.
A ES3 Diogo de Gouveia é, assim, a primeira escola a aderir a esta “rede”, que gostaríamos de ver transformada numa enorme floresta de palavras e ideias criativas. A equipa da RUL/IPBeja agradece à escola a disponibilidade e o compromisso assumido nesta primeira etapa do projeto, mais precisamente à Direção da Escola, aos Departamentos de Línguas e de Expressões, aos alunos e docentes que participam nas atividades e, muito particularmente, à Dra. Ana Serraninho Rocha, Coordenadora do Departamento de Línguas, e à Dra. Emília Polaco, Professora Bibliotecária, pela colaboração na organização e gestão do projeto.
Nos próximos dias, à árvore da RUL/IPBeja juntar-se-á a árvore original criada pela ES3 Diogo de Gouveia, com a primeira mostra de trabalhos da autoria dos alunos da escola, a divulgar mais tarde no blog http://plantararvorepalavras.wordpress.com/, onde poderá acompanhar todo o desenvolvimento desta iniciativa.
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