Mário Cesariny
manhã fresca...
Manhã fresca, reclinada
pela primavera crescente.
O mais pequenino nada
está como se fôra gente.
De um rapaz que finda
(na alameda) uma novela perturbada,
uma mulher ainda linda
esperou mas não foi olhada
E na folhagem também
certo desencontro corre:
a primavera que vem
na trovoada que morre
Mário Cesariny (1981). «manhã fresca...», in: manual de prestidigitação. Lisboa: Assírio e Alvim, p. 78.
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