Nos Domingos antigos do bibe e pião saía a Tuna do Zé Jacinto tangendo violas e bandolins tocando a marcha Almadanim. Abriam janelas meninas sorrindo parava o comércio pelas portas e os campaniços de vir à vila tolhendo os passos escutando em grupo. Moços da rua tinham pé leve. o burro da nora da Quinta Nova espetava orelhas apreensivo Manuel da Água punha gravata! Tudo mexia como acordado ao som da marcha Almadanim cantando a marcha Almadanim. Quem não sabia aquilo de cor? A gente cantava assobiava aquilo de cor... (só a Marianita se enganava ai só a Marianita se enganava e eu matava-me a ensinar...) que eu sabia de cor inteirinha de cor e para mim domingo não era domingo era a marcha Almadanim! Entanto as senhoras não gostavam faziam troça dizendo coisas e os senhores também não gostavam faziam má cara para a Tuna: - que era indecente aquela marcha parecia até coisa de doidos: não era música era raiva aquela marcha Almadanim.
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terça-feira, 31 de maio de 2011
Manuel da Fonseca, "Mataram a Tuna"
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