António Ramos Rosa
No limiar
Uma qualidade nocturna e quase amante
talvez violenta e no entanto branca
desperta uma abóbada de arvoredo
um rumor lento uma nudez de sono
e grandes tufos de contornos negros
É um domínio aqui uma convergência de fluxos
Nenhuma imagem se abre na clareira igual
Uma palavra ou o silêncio a ligeireza do ar.
António Ramos Rosa (1983). «No Limiar». In Gravitações. S.l.: Litexa, p. 55.
Sem comentários:
Enviar um comentário