Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
A árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
António Ramos Rosa (2002). Cada árvore é um ser para ser em nós. Porto: in-libris.
O poeta António Ramos Rosa desenhando (Excerto de filme de Gisela Rosa - 2009)
“Estou vivo e escrevo sol” de António Ramos Rosa (1966), dito por Eliane Alcântara
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